NATÁLIA

Não passe mais esse brilho lábial

Que engolfas meus instintos

Nas sendas do mal

Esse olhar contumaz, felino, sensual

não me aprisione em suas cadeias

delgadas e flexíveis

como um ensandecido animal

Natália

Não corrijas assim

seus cabelos anelados

colhendo aos cachos ,

lançando-os enviesados,

deixando-me absorto

coração nu, por ti despido,

por tua chuva de granizo

açoitado e açoitado

tolhido

por seus meneios fagueiros

corpo & alma envenenados

Natália,

Qual o valor deste sorriso melifluo?

que me traz

rios de paz , depois das borrascas,

ou me faz vaso de chamas

em seu mar de nevascas?

Ou surges n’alma como sol após a procela?

Quanto custa tê-lo cinco segundos

Só pra mim Natália?

Financias em trinta e seis vezes?

Pago o dobro de qualquer parcela

Natália, Ah! Natália...

Onde andas ...???

Com meu coração?

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davicartes@gmail.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 03/11/2007
Reeditado em 02/02/2008
Código do texto: T722081
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