NATÁLIA
Não passe mais esse brilho lábial
Que engolfas meus instintos
Nas sendas do mal
Esse olhar contumaz, felino, sensual
não me aprisione em suas cadeias
delgadas e flexíveis
como um ensandecido animal
Natália
Não corrijas assim
seus cabelos anelados
colhendo aos cachos ,
lançando-os enviesados,
deixando-me absorto
coração nu, por ti despido,
por tua chuva de granizo
açoitado e açoitado
tolhido
por seus meneios fagueiros
corpo & alma envenenados
Natália,
Qual o valor deste sorriso melifluo?
que me traz
rios de paz , depois das borrascas,
ou me faz vaso de chamas
em seu mar de nevascas?
Ou surges n’alma como sol após a procela?
Quanto custa tê-lo cinco segundos
Só pra mim Natália?
Financias em trinta e seis vezes?
Pago o dobro de qualquer parcela
Natália, Ah! Natália...
Onde andas ...???
Com meu coração?
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