Chuva de letras

Aos meus treze anos comecei a escrever

inclusive até mesmo poemas líricos

e, conforme o tempo foi passando

fui claramente observando

que essas repentinas inspirações

realmente não vinham de mim,

pelo fato de naquele exato momento

nem estar pensando

em elaborar um poema.

Daí, por causa das evidências,

por literalmente se tornarem contínuas,

constatei que essa realidade

verdadeiramente se tratava

de seres que naturalmente habitam

em outros universos e portanto galáxias,

provavelmente um dia aqui viveram

no corpo de um humano ou outro ser

mas, que, por amar a literatura

continuam escrevendo e enviando

agora de uma forma mais avançada

por ser totalmente telepática,

demonstrando assim a graça

como também o poder

que realmente possuem

nesse estado em que atualmente estão,

domínio pelo qual intitulei

ser uma chuva de letras

qual, enviam para aqueles

que nesse cosmo compartilham

essa insaciável e magnífica sede

de continuamente poemas escrever

e, nessa gloriosa interligação viver.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 22/03/2021
Reeditado em 22/03/2021
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