hoje Madalena chora

A vila que hoje chora

Outrora já foi serena

Não pretende ser cidade

Quer mesmo é ser Madalena

Com ruas que sobem, descem,

Gente de pele morena.

A vila que hoje chora

Já teve dias felizes

Berço de gente famosa

Catedráticos, atrizes,

Não tem outra filial

É a matriz das matrizes.

A vila que hoje chora

Não pede do povo pena,

Pois sabe sofrer calada

Como a outra Madalena

Só quer ver seu seresteiro

Na noite calma e amena.

A vila que hoje chora

Aprendeu, mais por capricho

Defender seu habitat

E a proteger seu nicho,

Porque para ser famosa

Não precisa de edifício.

Miro Homemnegro
Enviado por Miro Homemnegro em 24/01/2021
Reeditado em 06/02/2021
Código do texto: T7167202
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.