hoje Madalena chora
A vila que hoje chora
Outrora já foi serena
Não pretende ser cidade
Quer mesmo é ser Madalena
Com ruas que sobem, descem,
Gente de pele morena.
A vila que hoje chora
Já teve dias felizes
Berço de gente famosa
Catedráticos, atrizes,
Não tem outra filial
É a matriz das matrizes.
A vila que hoje chora
Não pede do povo pena,
Pois sabe sofrer calada
Como a outra Madalena
Só quer ver seu seresteiro
Na noite calma e amena.
A vila que hoje chora
Aprendeu, mais por capricho
Defender seu habitat
E a proteger seu nicho,
Porque para ser famosa
Não precisa de edifício.