RAINHA DOS VENTOS

Nem uma Brisa

a balançar meus cabelos.

Tudo parado. Estático.

Imóvel.

O sol do entardecer

a me queimar a pele.

Nem um Vento se levanta.

Só eu.

Que corro até a beira do mar.

E começo a movimentar as águas.

A barulhar.

Na tentativa de acordar Iansã

para vê-la reinar,

com o Vento a viver,

com o Vento a ventar.