Homenagem a Cecília Meireles

Ó doce Cecília que tanto prazer,

na minha pobre alma auferes,

Sinfonias e enorme ternura,

Vislumbro por ti Meireles.

Eu canto e vou cantando

porque vivo,

E vivendo vou sorrindo.

Na liquidez desta vida sigo,

Bebendo água porque preciso,

Se bebo é porque estou vivo,

Se não bebo é por estar

desfalecido.

Ou se chove ou se faz sol,

Assim dizia Cecília,

Mas sol e chuva também existem,

em dois tempos iguais.

Chamam isso de prepucio divino,

Casamento de viúva,

O florescer do arco-íris,

A piedade um Deus.

Cecília Meireles eu me perdi,

em algum lugar longiquo,

Em alguma altura com ternura,

Entre a vida e os versos teus.

Dart o Gótico
Enviado por Dart o Gótico em 19/12/2020
Código do texto: T7139368
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