Homenagem a Cecília Meireles
Ó doce Cecília que tanto prazer,
na minha pobre alma auferes,
Sinfonias e enorme ternura,
Vislumbro por ti Meireles.
Eu canto e vou cantando
porque vivo,
E vivendo vou sorrindo.
Na liquidez desta vida sigo,
Bebendo água porque preciso,
Se bebo é porque estou vivo,
Se não bebo é por estar
desfalecido.
Ou se chove ou se faz sol,
Assim dizia Cecília,
Mas sol e chuva também existem,
em dois tempos iguais.
Chamam isso de prepucio divino,
Casamento de viúva,
O florescer do arco-íris,
A piedade um Deus.
Cecília Meireles eu me perdi,
em algum lugar longiquo,
Em alguma altura com ternura,
Entre a vida e os versos teus.