Homenagem a Mário de Andrade
Ó grande Mário de Andrade,
Quem me dera ouvir-te,
Intensamente em densa verdade.
Passar as tardes num passo,
Contando as contas num tempo,
Passando o tempo num conto,
Contando os contos ao relento.
Seguindo os contos com o vento,
Contando ao relento os desaventos,
Calentando as dores com o tempo,
Seguindo sem rumo ao alento.
Perdendo meu tempo no gélido relento.
Á sangue em cada letra poeta,
Á um poeta em cada gota de sangue,
Quando eu morrer serei apenas saudade,
Dizia Mario de Andrade....
Me perdoem agora minha simplicidade,
Também sou escritor de difícil complexidade,
E nestes versos de homenagem,
Sepulto minha admiração pelo grande poeta:
Mário de Andrade.