REMANESCENTES
(para Divina que ontem deixou o plano físico)
Das mãos a areia corria
O dia morria
A ave em agonia
Eram demasiado o amanhecer
O entardecer
Tudo era além do que seu frágil corpo podia suportar
O pássaro já nem conseguia mais aguentar
E numa brisa ele se foi…
foi porque os dias corridos já lhe pesavam tanto
Viria um tempo novo
O tempo da compreensão
Então ele já estaria noutra dimensão