REMANESCENTES

(para Divina que ontem deixou o plano físico)

Das mãos a areia corria

O dia morria

A ave em agonia

Eram demasiado o amanhecer

O entardecer

Tudo era além do que seu frágil corpo podia suportar

O pássaro já nem conseguia mais aguentar

E numa brisa ele se foi…

foi porque os dias corridos já lhe pesavam tanto

Viria um tempo novo

O tempo da compreensão

Então ele já estaria noutra dimensão

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 01/12/2020
Código do texto: T7124770
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