Mãe
Eu te vi caminhar.
Com pernas de algodão
Sobre plumas tu andavas.
Em teu seio, meu deleite
Era pleno de satisfação.
Em teus olhos eu buscava
Respostas que o amanhã omitia.
Em verdade, sempre serenos,
Cortavam como a lâmina afiada
Que em meu alforje carregava.
Os tempos se renovaram
E a flacidez teu corpo censurou.
A experiência aprendida
Fez preencher a vida percorrida.
Pareceu não haver mais tempo
E ao regaço mais célebre
Deixou-se cair o corpo.
Um clarão se fez presente
E o filho surgiu em agradecimento.
No fio da estrada, eu vi
Sorriste com serenidade,
Plena em harmonia
Tingia de branco os cabelos
E dava novos coloridos à vida.
Brilhou os olhos
E a boca forjada pelo amor
Abençoou o continuar
Dos terrenos dias,
Cheios de alegria
E com a força que lhe é comum.
Eu te vi caminhar.
Com pernas de algodão
Sobre plumas tu andavas.
Em teu seio, meu deleite
Era pleno de satisfação.
Em teus olhos eu buscava
Respostas que o amanhã omitia.
Em verdade, sempre serenos,
Cortavam como a lâmina afiada
Que em meu alforje carregava.
Os tempos se renovaram
E a flacidez teu corpo censurou.
A experiência aprendida
Fez preencher a vida percorrida.
Pareceu não haver mais tempo
E ao regaço mais célebre
Deixou-se cair o corpo.
Um clarão se fez presente
E o filho surgiu em agradecimento.
No fio da estrada, eu vi
Sorriste com serenidade,
Plena em harmonia
Tingia de branco os cabelos
E dava novos coloridos à vida.
Brilhou os olhos
E a boca forjada pelo amor
Abençoou o continuar
Dos terrenos dias,
Cheios de alegria
E com a força que lhe é comum.