Pobre bandido poeta
Pobre bandido poeta,
ladrão das rimas às frestas.
Dizem que vives garfando,
furtando as calhas das nuvens,
raspando as tintas da flor.
Pobre bandido poeta,
ladrão dos olhos alheios,
és das rabeiras da cor.
Mas terás eterno indulto;
és meliante na vida
pois és mirante do amor.