As fragrâncias de Florbela
Por trás daqueles vitrais
Engolida tarde à dentro
Contemplando seus umbrais
Revolvida em pensamentos
Furtiva através da janela
Aos suspiros flor tão bela
Tomada de sentimentos
Olvida a mulher fustigante
D'alma e vida inquietante
Foge-lhe à lembrança solta
O quê o futuro lhe guardara
Naqueles sonhos de menina
Um presente de vanguarda
E o passado uma quimera
Que a subjetividade espanca
Inundando as primaveras
As fragrâncias de Florbela
Aspergida em suas pétalas
A inspirar os corações
E os sentidos dos poetas