Rosas e Margaridas

Um grito! Não por favor, não pelo amor,

no seu globo ocular a imagem do seu agressor.

Caída não acreditou, alguém que ela se apaixonou,

se declarou, amou e até flutuou.

Alguém que junto planejou, sonhou,

acreditou, lutou e conquistou.

Hoje se decepcionou, seu amor te machucou,

agora de pé reconhece que só por Deus respirou.

Arrasada se recordou,

primeira agressão; se pergunta porque não denunciou.

Um mergulho na decepção, não lhe permite o perdão,

se sente culpada mas lhe cabe tal punição.

Pétala quebrada, seu jardim é dentro de casa,

já não se relaciona em toda face enxerga o mesmo cara.

Fatídico dia, marcou sua vida,

hoje comemorou conseguiu ir na padaria.

Está animada; enfrentou o mundo e a fila,

um prelúdio pra quem pensou que não sobreviveria.

Há jardineiros e "jardineiros, quantas rosas? Quantas margaridas?

Que não escaparam e hoje não mais frutificam.

Renan Pinheiro da Silva
Enviado por Renan Pinheiro da Silva em 09/10/2020
Código do texto: T7083286
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