Sobre meninas confusas

Teu inconformismo incita eternas metamorfoses;

Duvida das aparências entalhadas,

Calcificadas no organismo retrógrado

Do seu mundo particularmente invisível.

São solúveis as leis genéricas

Em teu espírito ávido por respostas.

Questionam-te o teu questionamento

Sobre o que há de mais puro,

Ou “o que espera tu do futuro?”.

Tuas dúvidas pouco importam aos incultos,

Julgando-se insubstituíveis senhores da razão;

Enumeram-te como numerais descartáveis,

Num rebanho guiado por modismos efêmeros,

Forjados em tuas mentes, tidas como estéreis.

E questiona-te novamente sobre o que há!

Sobre o que não há e até sobre o que virá!

E como todos somos fracos,

Vimos somente tuas fraquezas.

Com nossos sábios olhos de águia

Enxergamos o mundo como nós somos

E duvidamos até da sua existência.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 23/10/2007
Código do texto: T706900
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.