Sobre meninas confusas
Teu inconformismo incita eternas metamorfoses;
Duvida das aparências entalhadas,
Calcificadas no organismo retrógrado
Do seu mundo particularmente invisível.
São solúveis as leis genéricas
Em teu espírito ávido por respostas.
Questionam-te o teu questionamento
Sobre o que há de mais puro,
Ou “o que espera tu do futuro?”.
Tuas dúvidas pouco importam aos incultos,
Julgando-se insubstituíveis senhores da razão;
Enumeram-te como numerais descartáveis,
Num rebanho guiado por modismos efêmeros,
Forjados em tuas mentes, tidas como estéreis.
E questiona-te novamente sobre o que há!
Sobre o que não há e até sobre o que virá!
E como todos somos fracos,
Vimos somente tuas fraquezas.
Com nossos sábios olhos de águia
Enxergamos o mundo como nós somos
E duvidamos até da sua existência.