VELAS DERRETENDO

(escrevi e estou dedicando a mim este poema neste dia 28 de agosto, quando completo meus 65 anos de vida)

Sobre a mesa velas

Velas derretendo

Palmas

Muitas palmas

O tempo para ela parece não passar

Sempre é tempo de amar

Sempre é tempo de sonhar

A menina de tranças não ficou lá atrás no passado

Ela segue sempre em frente, bem ao lado

A mocinha dolorida não ficou esquecida

A mulher apaixonada

A mulher gerando

A mulher amamentando

A mulher vivendo

Intensamente vivendo

...

A mulher envelhecendo

...

Porém, a passagem do tempo

é cronológica

N’alma ela é uma menina

A menina das tranças perfeitas

Dos grandes olhos interrogativos

A magrelinha do passado que dançava pelo prado

Que sonhava um mundo dourado

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 28/08/2020
Código do texto: T7048542
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