VELAS DERRETENDO
(escrevi e estou dedicando a mim este poema neste dia 28 de agosto, quando completo meus 65 anos de vida)
Sobre a mesa velas
Velas derretendo
Palmas
Muitas palmas
O tempo para ela parece não passar
Sempre é tempo de amar
Sempre é tempo de sonhar
A menina de tranças não ficou lá atrás no passado
Ela segue sempre em frente, bem ao lado
A mocinha dolorida não ficou esquecida
A mulher apaixonada
A mulher gerando
A mulher amamentando
A mulher vivendo
Intensamente vivendo
...
A mulher envelhecendo
...
Porém, a passagem do tempo
é cronológica
N’alma ela é uma menina
A menina das tranças perfeitas
Dos grandes olhos interrogativos
A magrelinha do passado que dançava pelo prado
Que sonhava um mundo dourado