EM UM VERÃO QUASE INTERMINÁVEL.

Em um verão quase interminável,

estava um belo dia para contemplar sua bela,

a natureza espairecia de seu esplendor,

teus bosques tinham a vida e tua vida teus sonetos.

Curvas de tua deslumbrante presença e carinho,

tu eras sol em época de chuva,

eras a var zia em estiagem de inverno.

És de ser a coragem em forma de aço,

eras o tominho em doses de carinho

o morango daqui do nordeste a

flecha e o arco que dos índios vieste com a cara e a coragem

com força de garça,

com cor da alma e as pétalas da nauta em tua bobagem

o doce que ardes,

o sopro do mel

o beijo do céu,

as folhas no papel,

a escrita na madeira,

a decida da ladeira,

o acorde de uma letra,

o gosto de tuas veias,

o sangue que te rodeia das linhas que te alinha

da cauda do chocolate que por dentro em ti bate,

afogando-te em marte,

te fazendo minha parte,

aqui dentro onde a guarde.

A sorraia da esquina, a viúva marina,

a do César Moreira, a princesa Rutinha,

o pigmeu sem romeu, a flauta da amada,

a calça da Drica, o bombom da firmina,

o forro da Patricia, o perfume da Ducinha,

o beijo da Larissa, o xodó da vanessa,

o rebolado da Tereza,o sorriso da lurdinha

e o amor só da minha.