FAROL DE AMOR
Ensinou, pelo vivo exemplo, o respeito
À ancestralidade profética. Seu terno jeito
A poemar quiçá o cisco, a cantar o ai li li
Metafórico passarinho, sabiá ou bem-te-vi!
O fausto ou a mutação trágica do mundo
Vem do homem, por certo, no agir fecundo
Pois, de El Shaddai, só jorra amor e caridade
A perdoar a chaga humana da vaidade.
Chico recordou a grandiosidade de Jesus
Nome-amor: inspiração primeira reluz.
Filho de Deus que não espera nosso amor,
Mas nos ama na imperfeição e na dor
Insolitamente, a inteligência humana, não raro,
Tornou o processo de extermínio amaro.
O fim dos tempos é o agora, o ressentimento
A guerra. Pazear, ao contrário, é achar o alento.
Chico, mensageiro dos céus, lembrou tudo isso
Brincou com o próprio nome: Chico ou cisco
Alma bendita possibilista de emotiva esperança
Caritas vivificado: a renovação da fé lança!
A humanidade colhe o que, ao vento, semeia
Ideias constroem castelos de pedra ou areia
De Chico Xavier e Emmanuel, sábio mentor,
A lição: permutar o espinho pelo perfume da flor
Desalojar o ódio, o ciúme, a inveja e a discórdia
Para alcançar pacífica solução e misericórdia
Na chegada da Constelação de Aquário, nova era
Pois a felicidade humana é o que, de fato, impera.
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