LISBOA ANDAS À TOA
Lisboa, andas perdida, andas à toa,
Andas mal acompanhada, iludida
Por promessas falsas de namoro.
Podes ser vítima dum novo mouro.
Esqueces as tuas nobres tradições,
Tens sangue lusitano do nosso rei
Primeiro, deves cumprir com a lei
Que foi instituída por veros varões.
Acompanha o Tejo que te venera,
Por seres sua alma gémea natural
Não cometas mau pecado mortal
Que poderá custar punição severa.
Junta-te às varinas e aos fadistas
Aos ardinas, aos poetas e artistas,
Ao povo simples que por ti nunca
Desistiu, esteve contigo na tua luta.
Envia pelas gaivotas tuas mensagens
De amizade e abraços à outra banda,
Como prova, das tuas homenagens
A uma relação mútua bem profunda.
Mantém teu nome sempre venerado,
Como Portugal exige, da sua história
Que guardas contigo no teu castelo
Que te ergueram como tua boa jóia.
Ruy Serrano - 29.06.2020