Poesia - Romanesca...
Poesia – Romanesca...
Proust, fez-me, aventurar pelo tempo sempre descoberto...
Balzac, destruiu, o total, para chegar ao mínimo dos costumes...
Dickens, procrastinou a saudade entre duas cidades...
Stoker, sugou todo o fluído de capital sem digital...
Cervantes, moinhos de gastar gente, misturaram minha imaginação...
Roa-Bastos, supremo amor a liberdade, com subjetividade...
García Márquez, solidão em anos, diminuída por um naufrágio em suas letras...
Orwell, um irmão, sem exclusão ou coesão...
Carpentier, 1, 2, 3, ... 3, 2, 1... dançamos, a melodia, sem método claro...
Azevedo, estou no cortiço da insatisfação, e no natural de um subúrbio interpretativo...
Flaubert, um coração simples para a ciência e religião...
Malraux, condição humana ideal para revolucionários baderneiros...
Autran Dourado, vida em segredo com degredo e tempero...
Dostoievsky, inquisidor idiota, sem castigo, realizando crimes metafísicos...
Eco, um pêndulo de chama na biblioteca que ilumina a rosa...
Levi, isto não é um homem, e tão pouco um ser humano...
Moravia, politicamente sexual, na cidade eterna...
Camus, um absurdo falar de queda peste, sendo que sempre a reveste...
Queiroz, serras perdidas em cidades lascivas, valorizando o incesto perfeito...
Saramago, em sua cegueira, fez monções a conventos, em memoriais nada espirituais...
Garcia Roza, sua chuva fez silêncio, em ruas com cônscios ao prazer, sem lazer...
Amado, misturou cravo e canela, e fez uma morena esplendida...
Gogol, ressuscitou almas mortas, e matou sovietes inertes...
Caminha, crioulo bom, é que resolve os problemas na navalhada, afogada na sirigaita...
Pompéia, um ateneu de promiscuidades, e divindades...
Formação de minha opinião... poesia em minha alegria...
Romances para que eu descanse...
Leitura para deleites...
Sem enfeites...
Fazendo transes...