Amigo perdido
Nos versos seguintes
Alerto os pais
Nesta ocasião ensejada com requinte
Das situações com o filho falaz.
Não compreendem os olhos
Vermelhos de sangue,
A fúria que tange
À busca de estranhos embrulhos.
Ele chora o dia
Em que entrou na roda,
Brincou como queria
E dançou, acorda!
O sono profundo
Em que ele mergulha
A cada tragada estimulado pelo madelha
Leva-o para da escuridão o fundo.
Jovem sombrio,
Perde-te consumido pelo cigarro
Para rituais indígenas antes usado
E transforma-te em uma sombra que assoma.
Ainda não perdeste teus olhos
Que não se esquecem facialmente
Então por favor só uma vez tente
Largar essa droga que causa engulhos.
Ulisses de Maio