Às vozes da noite negres
Saudar a irmã Noite,
negra,
que em seus silêncios ouve as angústias e alegrias do poeta!
Saudar a irmã Lua,
negra,
que alumeia as consciências e possibilita tecer belas poesias!
Saudar o Orixá,
negro,
orí,
que guia e rege a vida nos trilhos dos (des)encontros ancestrais!
Saudar Olorum e Oxalá,
negres,
epá babá,
que abençoa as existências!
Saudar Oxum,
negra,
ora iê iê ô,
que consagrou a mim desde o parto ao seu abundante amor,
que me tomou por seu filho,
que me cumula do doce amor das águas correntes dos rios e cachoeiras!
Saudar Oxóssi,
okê arô,
que emana a força ancestral das matas e florestas! Forte e potente força!
Saudar Ogum,
Ogum yê,
que trava comigo o bom combate, trás as vitórias nas guerras! Salve Jorge!
Saudar Iansã,
eparrei Oyá,
que trás os bons ventos para agradar e as tempestades para ensinar!
Saudar os Pretos Velhos,
sabedoria nossa ancestral, força vital, conhecimento, conselho e amor!
Saudar os Exus, Pomba-Giras e as Encruzilhadas,
laroyê,
eu também sou de lá,
de lá me alimento pra seguir!
...
saudar...
nada pedir...
só agradecer!