Tributo a Poeta TULA PILAR FERREIRA

corpo  somático da poeta angelica  Carolina Tula

morre também com ela a empregada doméstica a babá a mulher negra a mulher descriminada a faxineira

Para mim que não acredito na morte, ela hoje mudou de veste

Possivelmente não terá mais cor

Tula adentra no mundo maior, o mundo das idéias

Platão tinha  razão

O mundo dos sonhos

dos seus e nossos, 

Hoje declamará no jardim das alamedas no jardim das tulipas vermelhas Declamará no jardim dos "poetas mortos"

Dos poetas sem corpos

Os quintessênciados

Com o corpo que sendo  decorado de grafite

tatuado de frases dos teus poemas leves, de  cicatrizes profundas como todas

as almas nobres

O céu recebe de volta a estrela negra

que pisando aqui

era como se pisase ali

Pisando alí

Pisou  na lua

Vai Carolina ao encontro de Cora  Coralina que poetizou as ruas e becos de Goiás   diga a ela que é tua irmã que foram separadas pelas algemas do destino,  sendo irmãs gêmeas de almas

A poesia usará as antenas da NASA e fotografara este encontro no núcleo do buraco negro que hoje ficou Azul

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 22/03/2020
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