Carta a um menino poeta!
Acredito, menino poeta;
que as palavras sairão um dia, de tua boca, como as abelhas operárias sugam o néctar,
para adoçar, o caminho dos homens e das mulheres
que não conhecem o aroma das flores a liquidez das Letras e o poder das luzes
Acredito, menino poeta;
que as palavras
se desnudam feito um tapete e cobrindo e cobrindo-te com/pétalas; para que os teus pés de poeta possa pisa-las
Lavo, com álfazema e alecrim do campo
tua cabeça;
e te entrego a Deusa grega Thalia
para te dar graça e beleza
Acredito, menino poeta;
que ainda não escrevestes com as tuas mãos pequeninas, é que as letras estão se organizando no teu peito,
não tenha pressa; o teu olhar de poeta me diz.
Tua musa dorme;
para te proteger.
proteger seus olhos, tuas mãos, e tua boca.
Sei que o portal se abrirá no tempo da claridade!
enquanto sua musa dorme;
aproveite o pôr do Sol das tardes e corra nos campos verdes de tua infância!...
Pos quando acordares, descobriras a melancolia
que roubará teus dias, a tua vontade , teu destino, a tua mocidade mudará os teus sentidos, e não terás controle de simesmo.
A palavra regerá o principio,
todos os princípios;
E descubriras que navegar
é possível
Assim como Luis de
Camões
Navegar é possível
Assim como o amor
Amar numa viagem sem corpo
Sonhar em devaneio
Quando a (ventania) te carregar
entrega-te a este mar completamente, com a alma nua
deixe que as ondas arrebente-se ao bater nos corais da indiferença e o leve, leve-o
sem destino, sem equilíbrio, permita-se nesta viagem contemplar o céu, o céu das palavras, contemplar o amor, o amor divinal e este amor sem condições
te levitar para nunca mais teres que acordar