Caçulinha
A caneca de porcelana, lisa que só,
hoje foi ao chão pelos dedos aéreos
eu pensava longe, sobre janeiro
já estar afoito no terceiro dia
Aniversário da maninha
Meu sorriso lento se estende tanto
que quase brilha e encanta como o dela,
risca até a fumaça
de um novo café que me sirvo.
Dedilho então velhas lembranças,
espanto maior é não notar o tempo
galopante
Caçulinha, caçulinha, trintando na vida,
dançando seus dias
eu, irmão mais velho, já não venço contar velas
E minha caneca caída, bem,
contei ao chão trinta caquinhos.
* Dedicado à minha irmã Andressa Cândido