TRENS

Ao sempre amigo Osvaldo Luiz Cabral Martins

Os trens não vêm

e nossas malas,

vazias,

pesam em nossas mãos.

Nos trilhos,

correm os sonhos

que se perderão

no horizonte longíquo.

E as estações passam

televisivas

pelas lentes

dos viajantes.

Caras e bocas

nos esperam

e nos imploram

um momento.

E as cidades se vão

como se o sopro do vento

nos afastasse

uma velha folha.

NMT.

Nelson Marzullo Tangerini
Enviado por Nelson Marzullo Tangerini em 07/11/2005
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