TRENS
Ao sempre amigo Osvaldo Luiz Cabral Martins
Os trens não vêm
e nossas malas,
vazias,
pesam em nossas mãos.
Nos trilhos,
correm os sonhos
que se perderão
no horizonte longíquo.
E as estações passam
televisivas
pelas lentes
dos viajantes.
Caras e bocas
nos esperam
e nos imploram
um momento.
E as cidades se vão
como se o sopro do vento
nos afastasse
uma velha folha.
NMT.