NA PONTA DO CÁLAMO
– À Fátima Horta –
Com pequenos grãos de areia
Se iniciam as construções
Suportadas por uma ideia
Cimentada de emoções.
Grãos de areia, grãos de areia,
Às vezes leva-os o vento,
Mas n´ alma de quem tem veia
Cresce o estro e o fermento.
A poesia é mesmo assim
Nasce pequena, faz-se grande,
Sobe a um alto galarim
E em suave canto se expande…
A palavra rola pela areia
Nas ondas do mar da vida
E a ansiedade vem cheia
De uma poesia acrescida.
Todo o grão d´areia dá fruto,
Quer na horta ou na floresta,
Se o poema tiver conduto
Terá perfume, luz e festa…
Ser poeta é ter o coração
Co´ as palavras sempre à porta:
Navegam poemas de paixão
No cálamo de Fátima Horta!
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA