POSTAL DE TOMAR
Desci à cidade, visitei o rio Nabão,
Corre lesto em direcção ao Zêzere,
Patos e cegonhas nele navegavam,
Peixes e batráquios o desfrutavam.
Rio que divide a cidade ao meio,
Depois de contornar uma língua
De terra que forma uma bela ilha,
Onde a vegetação é matéria viva.
Crianças e idosos pisam a relva
Que lhes faz imaginar uma selva,
Uma roda gigante carrega água
Que retira do rio em seus vasos.
Uma grade de ferro protege o rio
Dos curiosos que se aproximam,
Para desfrutar da sua rara beleza,
Que os deixam agradável êxtase.
Ao longo do rio, casario centenário,
Projecta suas sombras nas águas
Ao refletir imagens belas de magia,
Duma cidade milenária e querida.
Ruy Serrano - 07.11.19