A PRIMAVERA ME CHAMA
A lua poética, cheia, flana...
Deixa o ambiente resplandecente,
Exibe a imagem soberana,
Me seduz silenciosamente.
A lua me apraz, me faz sentir menina,
Fluir sonhos nesse meado de mês,
Apesar do tempo que predomina,
Descortina a minha sina, marca a minha tez.
A lua ali, realçada nas altas horas,
Tão nua, tão afim, tão senhora,
De si e de mim, tão próxima da janela,
E eu festejo, me vejo nela.
Recebo a sua transcendência,
A sua maneira enigmática de ser,
Agradeço por mais um ano de existência,
Por fazer cada momento valer.
Mereço...? não sei! não quero saber,
Sei é que a primavera me chama,
Para compartilhar o esplendor,
E como a lua que se derrama...
Eu me derramo, proclamo o amor,
“Sem medo, nem dó, nem drama."
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Para Nilze, minha esposa.