Meu Irmão de Assis,

Francisco, por onde caminhas...

Estamos aqui, no esboço dos sonhos de ver

todas as criaturas respeitadas.

Todas as criatura amadas.

É ainda etérea a grande noite das estrelas.

Os fantasmas ainda sorriem.

Não conseguimos ainda ser Luz.

Ainda há em nós a cegueira dos séculos,

o desdobramento dos espinhos,

o sangue que clama por compaixão.

O gólgota que chora seus mortos

- homens e animais -

traídos na sua essência sagrada e divina.

Dá-nos a Tua Mão para acordar a ternura que dorme,

Dá-nos a Tua palavra para chamar à claridade, os olhos turvos pelos tempos disformes.

E dá-nos o Teu perdão para os que não querem ressuscitar.