vento

Vento -Embalar -suavizar-semear-destruir

Vento que bailas e embalas, as lindas ondas do mar,

que na sua mansidão, acalmam quem as comtemplar.

Vento inebriante, que duçura é sentir-te,

suavizante no meu rosto a deslizar.

Vento que sopras ligeiro, lento e sussurrante,

que bailas e rodopias, sobre as belas searas.

Fazes mover os moinhos, arrebatas as sementes,

e assim as vais espalhando, com teu doce embalar.

e as florestas vão crescendo, e a terra a florescer.

.Vento que a bailar, até embalas meninos,

que vão dando palminhas, porque os estás a mimar…..

Mas que de tanto embalar, de tanto te agitares,

explodes num instante, e tudo baile em redor,

da tua fúria aberrante. Arrebatas vendavais,

e no silencio da calma, de tantos destinos,

vento errante em desalinho, desgrenhas em cavalgadas,

rasgadas no teu galgar, no céu azul a escurecer,

de tanto o revolveres.

Vento que já não embalas meninos.

Vento porque arrancas trigais, já não os vais embalar.

Vento de temporais.

Vento que destróis destinos,

e que quando ligeirinho, gostavas mais de embalar.

De tta

24-09-07

22:21 h/m

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 26/09/2007
Reeditado em 26/09/2007
Código do texto: T668800
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