MINASCEARÁ
Do interior de Minas, ele veio.
Lá onde os Patos ficam no início.
Lugar em que, o milho se destaca.
E na festa agitada, só vai a nata.
Na capital do Ceará nasci.
E nas belas praias, eu cresci.
Com o sol quente a queimar.
Mas, um vento para suavizar.
De cinco, ele é o do meio, e adita.
Eu de cinco, sou a primogênita.
Ele quase chega em um e oitenta.
Eu, perfume precioso, fiquei restrita.
De Minas, ele não trouxe bagagem.
Eu já tinha três, sem bestagem.
Ele é falante e gosta de ajudar.
Eu sou calada, e prefiro escutar.
De Minas, café com pão de queijo.
Do Ceará, tapioca com recheio sertanejo.
O tropeiro veio com torresmo à pururuca.
O verde com queijo coalho e a paçoca.
De Patos veio a cachaça com saborzão.
De Fortaleza, o gelo, açúcar e o limão.
Juntando tudo isso, com inspiração.
Resultou uma caipirinha de emoção.
E lá se vão sete anos de agitação.
Desde então, houve muita comemoração.
De Fortaleza para Belém, foi ligeiro.
E a nova vida chegou no luzeiro.
Com salaminho, queijos e vinho,
A vida tem de tudo um pouquinho.
No calor do Norte e Nordeste.
Ou no frio que vem do Sul e Sudeste.
Desde então, a família só vem ajuntando.
Mel, Cacau, Osíris e Frida, já fechando.
Aí, o pequeno Hércules, nos adotou.
E enfim, a Maia, chegou e conquistou.
E assim, um mineirinho, prosador.
As tralhas, juntou, e não arrodeou.
Em muitas aventuras, nos jogamos.
E coisas boas e ruins, já passamos.
Para Deus nada é impossível.
Assim, diz o ditado notável.
E desta forma, nos conhecemos.
E desde então, juntos estamos.