I love Curitiba.
Curitiba 326 anos
Do asfalto colcha de retalhos
Cheio de recapes de antipó e cascalhos.
Dos desníveis e buracos nas calçadas
Da falta de creches pra piázada.
Dos cabelos lisos, crespos, loiros, castanhos...
Do povo que não fala com estranhos.
Província que pensa que é República
Da falta de médicos e remédios na saúde pública.
Que trata seus rios com desdém
E despeja esgoto, lixo e troço no Rio Belém.
Do pequeno burguês que pensa que é burguês...
Do servidor público neoliberal que parece rês.
Do marketing que põe a estúpida ideia
Que Curitiba é uma urbe europeia.
Dos ônibus com vida útil vencida
Da passagem mais cara do Brasil.
Quem lê os versos acima pensa que não te amo
Porque aponto alguns defeitos e reclamo.
Engana-se, te quero mais humana e igual.
I love Curitiba. Meu querido berço natal.