Lágrimas na Chuva (As Vitimas de Suzano, Blumadinho e outras tantas).
Disfarço!
As lágrimas que choro na chuva.
Pelo sangue das crianças assassinadas.
Quem foi o louco que apertou o botão?
Da insanidade adormecida,
No coração dos psicopatas?
As tantas que pacientemente
Ensinavam do A ao Z o 1 + 2.
Não mais poderão contar sonhos,
Para seus meninos e meninas.
E as heroínas anonimas,
Muitas vezes desrespeitadas e ignoradas.
Com sabedoria de talvez, experiencias sofridas na carne.
Ajudaram a diminuir a Dor.
Muito mais triste ainda,
É ouvir de quem tem parte no poder,
Dizer que mais armas diminuiriam a tragédia.
Quantos mais loucos esses outros tantos loucos.
Ainda irão despertar?
E você que chora em frente a tv,
E os que vão aos templos chorar.
Quando irão se arrepender?
E só ensinar a amar.
E novamente veio a forte chuva.
Lavando a lama da tragédia.
Lavando o sangue das mulheres e Marieles,
Covardemente espancadas.
Dos índios, dos negros, das crianças das favelas.
Que a meritocracia esqueceu,
Abandonados a própria sorte.
Que tiveram voce e eu.
Mas nenhum diluvio lavara,
O sangue das mãos.
Dos Pilatos disfarçados.
Em pessoas de bem.