Lágrimas na Chuva (As Vitimas de Suzano, Blumadinho e outras tantas).

Disfarço!

As lágrimas que choro na chuva.

Pelo sangue das crianças assassinadas.

Quem foi o louco que apertou o botão?

Da insanidade adormecida,

No coração dos psicopatas?

As tantas que pacientemente

Ensinavam do A ao Z o 1 + 2.

Não mais poderão contar sonhos,

Para seus meninos e meninas.

E as heroínas anonimas,

Muitas vezes desrespeitadas e ignoradas.

Com sabedoria de talvez, experiencias sofridas na carne.

Ajudaram a diminuir a Dor.

Muito mais triste ainda,

É ouvir de quem tem parte no poder,

Dizer que mais armas diminuiriam a tragédia.

Quantos mais loucos esses outros tantos loucos.

Ainda irão despertar?

E você que chora em frente a tv,

E os que vão aos templos chorar.

Quando irão se arrepender?

E só ensinar a amar.

E novamente veio a forte chuva.

Lavando a lama da tragédia.

Lavando o sangue das mulheres e Marieles,

Covardemente espancadas.

Dos índios, dos negros, das crianças das favelas.

Que a meritocracia esqueceu,

Abandonados a própria sorte.

Que tiveram voce e eu.

Mas nenhum diluvio lavara,

O sangue das mãos.

Dos Pilatos disfarçados.

Em pessoas de bem.

Antonio Candido Nascimento
Enviado por Antonio Candido Nascimento em 15/03/2019
Reeditado em 15/03/2019
Código do texto: T6598651
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