Adeus mãe!

Hoje faz 16 anos que minha mãe se foi. Ficou encantada, como diz Guimarães Rosas. Decidi publicar hoje esta poesia que fiz em 1995, quatro anos depois de sua morte:

ADEUS MÃE

Adeus mãe, ou até breve.

Me diz a fé que um dia

sereno e leve,

como a brisa de verão,

nos encontraremos.

Mudas,

no silêncio da compreensão,

nos abraçaremos.

Será tão bom.

Sem sofrimento, nem dor;

sem o peso do corpo humano,

sem os grilhões da fraqueza,

sem dúvidas ou incerteza,

sem desculpa ou perdão.

Tudo será tão simples.

O conhecimento total das almas.

A inocência das carícias calmas.

A paciência de esperar e,

então,

a plenitude do infinito

em nossa mão.

Gilda Porto
Enviado por Gilda Porto em 19/09/2007
Código do texto: T659604
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