Adeus mãe!
Hoje faz 16 anos que minha mãe se foi. Ficou encantada, como diz Guimarães Rosas. Decidi publicar hoje esta poesia que fiz em 1995, quatro anos depois de sua morte:
ADEUS MÃE
Adeus mãe, ou até breve.
Me diz a fé que um dia
sereno e leve,
como a brisa de verão,
nos encontraremos.
Mudas,
no silêncio da compreensão,
nos abraçaremos.
Será tão bom.
Sem sofrimento, nem dor;
sem o peso do corpo humano,
sem os grilhões da fraqueza,
sem dúvidas ou incerteza,
sem desculpa ou perdão.
Tudo será tão simples.
O conhecimento total das almas.
A inocência das carícias calmas.
A paciência de esperar e,
então,
a plenitude do infinito
em nossa mão.