A morte da esperança - homenagem a Tacredo Neves

A MORTE DA ESPERANÇA

A Esperança era viva.

Era contagiante.

Eu vi sua alegria,

Vestida de verde e amarelo,

No dia quinze de janeiro.

Eu dancei com ela

Na Cinelândia

Toda ornamentada,

Num verdadeiro carnaval.

Mas, poucos dias após

Adoeceu gravemente,

Emudeceu sua voz.

Ento se fez mais presente

Nos festejos populares.

Suas forças foram desaparecendo,

E ela morreu.

A Esperança morreu!

A querida amiga

Festejada toda a vida

Foi sepultada naquele dia.

Isto trouxe desespero ao povo

Que acompanhava seu enterro.

Foi tão acarinhada em janeiro,

Tão pranteada em abril!

Vida breve, mas plena.

O único consolo é seu legado.

A Esperança morreu

Mas deixou a Paz,

O Trabalho honrado,

E, mais do que tudo,

A Fé em Deus.

Assim com Ele

Outra Esperança nascerá

Para consolar

O povo infeliz.

Esta poesia foi dedicada ao político por ocasião de sua morte

Gilda Porto
Enviado por Gilda Porto em 18/09/2007
Código do texto: T657964
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