Egoísta
O que mais se tem no mundo inteiro é alguém que pensa em si próprio,
Um viciado que faria de tudo pro seu vício em ópio,
Descobridor aquele que procura o Novo Mundo com seu telescópio,
Pior que ambição do próprio Capricórnio.
É um pensamento altruísta que te põem em situação que prevalece sua vontade,
Vontade essa que quer fazer às custas de pisadas violentas para parecer a sua verdade,
Verdade que torna uma ação no maior egoísmo em sinceridade,
Sinceridade essa que só é achada através de demasiada catástrofe.
Meu egoísmo só nasceu,
Depois que você apareceu,
Não deu,
Esse agora sou eu,
Eu que quer o peito teu,
Teu peito no meu,
Meu peito meu, que agora é seu,
Me desculpa mas aconteceu.
A partir do momento que te tive como amor de minha alma conturbada,
Eu procurei saciar qualquer felicidade que contigo vinculava,
Participei da sua vida de forma que me aproximava,
Eu me aproximo por que dependente da sua atenção eu estava.
E ainda estou,
Tão dependente quanto um floco de neve que encontra com o chão,
Tão atraente entre placas tectônicas que se formam um vulcão,
Tão quente quanto a chuva fria do verão,
Não é ocasião,
É tudo predestinação.
Quero que me enforque com seu laço,
Quero que me faça suar com seu abraço,
Quero que me desenhe em cada traço,
Quero que me destrua e me deixe só o bagaço.
Tão torpe quanto desumana tendência do mundo conspirar a nosso favor,
Tão consequente quanto viver a vida a procura de inominado sentimento de dor,
Todo ardente como o colo da Terra com todo seu manto à calor,
Todo sublime que embaça qualquer vidro com seu vapor.
Desejo morada em seus pensamentos acorrentados a todos os seus viveres,
Anseio por comida na boca da tua vívida vontade de salvar todos os seres,
Gosto de rotinar na tua vida e tirar-lhe da rotina com todos os seus afazeres,
Arrancar tua incerteza de um futuro inconcreto que eu posso construir a nossos prazeres.
Mais viciado que a vida de querer seguir um dia após o outro,
Mais valioso que o peso do mundo em todo seu ouro,
Mais quente que o conforto de qualquer tipo de tecido a couro,
Tenho vontade de fazer o tanto que para o universo o nada consideraria pouco.
Perdão se eu quero ser o centro da atenção de onde teus olhos deleitam no cotidiano,
Desculpa por querer me aproximar tanto que não vejamos o passar do ano,
Tenho tantos motivos de te amar, começando por destruir todo o estigma que tinha sobre o que estava me assombrando,
Tem tanto amor dentro de mim que não há espaço sobrando,
Isso pode até estar me assustando,
Mas estou acostumando.
De verdade verdadeira,
Com eira e com beira,
Te quero sentada na cadeira,
Te quero na cama em beira,
Te quero todo dia de feira,
Te quero de segunda em segunda-feira,
Desfrutar dessa companhia perfeita,
Dar-lhe uma vida trabalhosa e feita.
São tantos motivos para te amar que dizere-las é problemático por não encontrar palavras que a expressa,
Sobre os montes de neves que cai tempestade expressa,
É tanto o amor que eu vivo a vida calma com pressa,
Eu sou um cara dessa,
Transformar-me no que presta,
Que tampa qualquer fresta.
É comparável com o cair de folha seca em chão de chuva,
O encarecer do cacho em fruta da uva,
O pó que se espalha quando estica a luva,
O galho que cresce eternamente em sentido de curva.
Atraente em tentação dos espinhos de rosa desabrochada,
Misteriosa como a bruma fria do mar da vida gelada,
Convincente de tal forma a fazer acreditar que é uma fada,
Valorosa que faria ter essa vida ceifada,
Por ser tudo do tudo para minha amada.
Menina que chove e faz nuvem se envergonhar,
Moça bonita que abre o dia com seu cantarolar,
Que instiga o coração de qualquer pessoa que a olhar,
Não há medidas para o quanto eu quero sempre te amar,
E mesmo te amando, tem problema eu me enciumar?
Tenho ciúmes e meu altruísmo é querer você somente por meu destino,
Altruísta suficiente por teu amor que eu já me vejo agindo,
Quero-a por ser o motivo de continuar vívido,
És meu céu límpido,
Meu motivo de alto libido,
Dona da minha paixão sólida e meu amor líquido.
Enxurra e deixa descer,
Minha manhã, meu meio dia e entardecer,
Minha amada até o meu renascer,
Quero te fazer feliz custe o que acontecer.
O voar de uma joaninha em primavera,
A fumaça que se esvai em vela,
Um andar do felino fera,
A formação perfeita de colmeia.
Fogaréu que expulsa cinzas de tua constituição,
Dedilhar de cordas de um oco violão,
Obedecer de um soldado a sua jurisdição,
A minha exceção,
A minha condição,
A lente da minha armação,
Minha amada de verão em verão,
Sem você então,
Não sou nada que poderia escrever novamente,
Impregna na minha mente,
Me torna o seu servente,
Que trago jarro sem questionar,
Ainda tenho meu réu primário,
Deixa essa sua sede matar.
Tudo que condiz com que é se equipara com o mínimo universal de ações naturais,
São tão pequenas ao universo que se tornam rotineiras e normais,
Mas é tanto sentimento embutido que trazem ditames paranormais,
Tudo porque o mínimo que faz,
Torna aos olhos do universo um insignificante ato eficaz,
Mas que pra mim é demais,
Por isso que eu escrevo nada demais.
O teu tudo pode ser nada para o universo,
O meu tudo a oferecer esta contido em cada verso,
O meu tudo pode ser apenas um converso,
O teu nada é meu tudo e nunca o inverso.
Cada ato conta nas nossas carícias,
Todo o mínimo transborda nas nossas vivencias,
És meu significado de amar que nunca conheceu malícias,
É um tanto tão grande que são amores de nossas essências.
É todo sentimento que conhece e eu romantizo nosso romance,
Não é algo para ser esquecido igual um simples lance,
Não é algo que possa desistir por um instante,
Não é algo rápido para ser comido igual um lanche,
É o meu sentimento mais importante,
Des do dia que meu olho bateu na tua alma,
Ela abalou a minha singela calma,
Me fez acreditar que eu queria o ar daquela maravilhosa bocó,
Minha garganta deu nó,
E isso não é só,
Por que somente seu é o meu maior,
Que por ti eu transformara-me em todo pó.
Por ti cairia do céu para te resgatar,
Por ti sucumbiria a loucura para te encontrar,
Por ti tombaria um inimigo para te salvar,
Por ti eu confiaria no Diabo para ressuscitar.
Então me considero egoísta para querer sua atenção toda hora em meu olhar,
Considero-me egoísta por querer que sua mão só vá me tocar,
Sou egoísta para querer que só sorria para o que eu vá falar,
Não tenho culpa se aproximou tanto que eu acabei por me apaixonar,
É ardor,
É dor,
É louvor,
É o meu amor.
Duas almas que se resgataram da incerteza do significado do vento,
Dois teimosos que não se aproximaram de modo lento,
Duas pessoas que decidiram que esse amor não é um acorrento,
Dois bocós procurando um ao outro com amor ciumento,
Não digo mais que eu tento.
Pois cansei de dar expectativa ao fracasso,
Quero nunca desatar nosso laço,
Nunca mais quero andar sem ouvir junto teu passo,
Eu larguei o eu quero, pelo eu faço.
Do dia que sorri diferente para você com toda a minha dorzinha,
Do momento que tirou minha dor com essa sua carinha,
Do tempo que eu procurei-me beijando sua boquinha,
Até a minha morte, que serei enterrado na sua covinha.
Me salvou,
Te salvei,
Te amo,
Sempre te amarei.