AO JOSÉ,
Inácio Vieira de Melo
Em um dia de sol um poeta selvagem foi domado por belos cavalos.
Em um local ermo, pleno de fantasias...
Era tão normal vê-lo dormitar na sombra que a a luz refaz
Mas tão fugaz!
Do embate ao respeito tudo virou estátua
Nas vastas praças da liberdade,
Nos becos dos opróbrios,
De boca em língua galopou seu nome.
Deste dia em diante exalou-se a bonança pelo ar,
Ar que queimou nas células,
Páginas, celas de montaria.
Deste dia em diante, exilou-se a lágrima no mar,
Mar que vela soçobrou,
Velas, capelas da poesia.
Podemos extrair do esqueleto o DNA?!
Dar vida à égua Marengo?! Reimplantar?!
- É que tenho espigas a milharar!