A luz de teus olhos.
Revestido de saudade,
os meus pensamentos,
um a um; guardei-os,
somente os belos momentos,
pois os sujos; incontestes... Desprezei-los.
Fingi lágrimas pela face
e despudorei palavras...
Minhas, suas, nossas,
tornei-as torpes escravas,
num grande alicerce de amarguras.
Rebusquei nostalgias flácidas
e entornei antidepressivo,
curando-as uma a uma.
Instantes lascivos... Nocivos... Depressivos...
Por sobre ombro... Esquecidos!
Segui passo ante passo,
mirando um anjo (psicóloga) iluminado.
Refiz meu compasso,
na fonte reluzente... Revitalizado
e descobri-lo em terno remanso.
Conservando a paz encontrada,
urge a inspiração com destreza,
anseio com a alma renovada
e sem meandro; resplandece a beleza,
outrora tão almejada.
Ontem, estive cativo de muitas dores,
perambulei perdido, descontrolado,
entregue ao ócio e aos dissabores.
Um ex-cativo agora libertado,
pela luz de teus olhos.
Hoje, volto minha face ao doce anjo,
com seus olhos verdes e vibrantes.
Sou poesia em suave floreio,
sou fantasia, alegria, devaneio
e a Ela reverencio... Triunfante.
(made in Insônia, am 01:42h) 11/09/2007 SP.
Dedicado à psicóloga Fernanda Helena Guimarães.