Alquimista em versos
Hoje é um conto de alguém existente,
Uma alquimista linda e estridente,
Que transforma prosa em alegria sorridente,
Mas que com sua magia nunca fica contente,
Olhos grande e cabelos como o universo,
Perdendo-me nos elementos de cada verso,
Qualquer um que a vê é levado para um sentimento absterso,
Vendo a amigos e logo se torna um mago introverso,
Um sorriso claro e satisfatório,
Consegue ter amor até o purgatório,
Alguém de um amor notório,
Porque se perde num triste ilusório?
Limita a si e sua alegria,
Encontra uma tristeza e não se amplia,
Se visse sua própria beleza se afogaria,
Nesse belo amor que a si mesmo transmitiria,
A alquimista que transforma sentimentos em cristal,
Se enrijece, enriquece, não se quebra mas permanece assim como o mineral,
Deixa tudo a sua volta transformado por não perceber sua aura especial,
A fé na sua própria alquimia é algo mais que essencial,
O corvo rodeia e plana diante da transmutação,
Pergunta-se quando que ela vai entender o próprio coração,
Ver que dentro dele não precisa de ressentimento guardião,
Que ela é bela, singela, uma amável donzela que não se permite o verão,
Não se tranque, não se enfaixe, não se curte, não se mate,
Atendo-lhe ao sentimento que lhe transforma numa covarde,
Pode ser que é uma ferida curada que apenas arde,
Viva completa, não pelo destino mas pela sua própria vontade,
Torna-se a conquistadora do seu próprio ser,
Não precisa se magoar, se trancar, se doer,
Nem mesmo cansar, chorar nem entristecer,
Acredite em você mesma e não vá se render,
Queria que ela se transformasse num pássaro para voar nessa imensidão,
Mesmo sendo um corvo eu não lhe quero apresentar a escuridão,
Posso me aproximar dessa nossa distanciação,
A bela alquimista com o corvo numa nova canção,
Ambos poderiam olhar num futuro espetacular,
Algo além do próprio limite do olhar,
Um destino atado num aconchegante lar,
Amanhã é um novo amor a se amar.