Dipolieia(Poema 32)
A aveia e o trigo colocados em cestos
Separados são entregues ao sacerdote
Escarlate, na mesa fria e nua próxima ao
Altar duas facas de prata dedicadas ao
deus Apolo.
O touro é levado ao grande altar, o sacerdote
Afaga as orelhas do curioso bovino, naqueles olhos
Negros e profundos o touro divisa seu amado sacerdote.
A aveia e cevada é entregue ao touro que come com
A satisfação dos animais que encontram seu alimento sempre
Fresco, ao lado do altar uma estátua do deus Zeus Apolodoros.
Espargindo a mesa nua e fria de basalto o sacerdote invoca alguns
Peãs enquanto o touro termina sua refeição, o sacerdote pega a
Faca da esquerda e entoa mais um belo peã a Zeus.
No último olhar do touro o sacerdote taciturno
Corta a garganta daquele touro que esperava ainda
Viver por mais tempo, o sangue corre pelo chão,
A estátua do deus tinge-se levemente na parte inferior
Do sangue taurino e o sacerdote com a experiência
Vivaz do ritual foge do lugar deixando a faca ao lado
Daquele animal sofrível que apenas serve como a
Coleta cruel e fatídica de um deus milenar!