dos...TYRANOCORRUPYTOSSAUROS
Há um chão pré- Histórico
De pedras duras
Sangrantes e dilaceradas,
Maquiadas de paraíso...
Onde
Seres alados e invisíveis
Sobrevoam as carcaças
Amontoadas nas esquinas,
Predadores perenes dos
Corpos do que já não se define
Sequer na melhor perspectiva prospectiva
Sempre falida!
Pelos geracionais sóis desligados.
Uma moderna era pré- Histórica
Tyranocorrupytossáurica
Repetitiva e perene,
De todas as idades e modalidades,
Num chão cáustico
De círculo vicioso minado
De chuva ácida
De verde tombado na aridez das dores,
De rios, cujos meandros enlameados
Cruzam os fogos cruzados nas matas e nos corpos,
Cenário repleto de sons cacofônicos
Ininteligíveis,
De seres pré- históricos...
Poema triste
Em dialeto do desespero engendrado,
Num mutismo funcional
Ao léo dum destino inconsciente.
Há um ventre despido de vida
(são muitos!)
Perambulando no asfalto
Sob um céu de bondosos seres apocalípticos
Cabeças de monstros
Humanóides, factóides de misericórdia!
Dentre nuvens escurecidas e congeladas no tempo,
Tyranocorrupytossauros!
Parasitas do sangue
Sugado das tantas vidas empedernidas.
Estão por todos os lugares
Como células quiescentes
Do mal holístico programático.
Suas faces mambembes
Camaleões das caridades fictícias,
Estão sob todas tendas armadas...
Quantos circos já sem pão!
Sobre os tantos púlpitos
Onde a fé se negocia;
Sobre todos os palanques...
Elevados à glória dos mortos;
Só mitos patéticos e desumanos
Sobre os cemitérios
Das incontáveis mortes que alimentam.
Estão,
...sob o frio das ruas desvitalizadas,
Sobrevoam suas garras afiadas que tudo levam,
Sobre os leitos onde a doença vence o corpo
E leva a alma sucumbida de esperança!
Estão
Dentre todas as fomes que gritam nas peles
a derreter os ossos.
Dentre os féretros onde os esqueletos
Alvejados pelo nada de tudo
Descansam esfarelados
(Como as migalhas lhes espargidas aos chãos dos dias)
Mortos agradecidos, aliviados da vida.
Há um chão sagrado e pré-Histórico
Poetizado pelas tantas garras em ilusões dolorosas
Em meio à pandemia de aves de rapina!
Que algum dia...lá na frente
Alguém chamará de Pátria
E muitos acreditarão.
Então,
Qual milagre inesperado
As balas perdidas da inconsciência
Romperão pela culatra das insanidades.
E assim...
Se romperão uma a uma
Todas as teias construídas da dor de tantos,
Pelos pontos frágeis
Das farças professadas em palanque,
Pelo vácuo das mentiras
A se fazer acreditar
No nada do tudo perdido e levado!
Teias entrelaçadas
De esperança fustigada e roubada!
Tergiversada...
Daquilo que nunca foi intenção construir.
Tampouco doar.
E...de súbito
Tyranocorrupytossauros
Monstros do só ontem!
Perderão suas rotas unas e fisiológicas;
Despencarão combalidos da sua escuridão
Sucumbidos pela própria era pré-histórica
Dos seus ancestrais,
Patronos atávicos.
Monstros moribundos de senso e razão,
Decaídos...
Engasgados nos ouros dos tolos
Que iludiram sob suas garras falaciosas.
Tyranocorrupytossauros
Doídos da mesma dor das pedras...
À qual condenaram a sua História.
E a Terra comemorará
A nova luz
Religada num horizonte límpido...
E digno da verdadeira "Humanidade".
Soarão, então, as trombetas da paz.
Nota da autora: eles me inspiram a escrever...com a pena (e sob a pena!) da alma.