Para Iberê
Vi as paredes do museu
Eram cortinas brancas desenhadas na paisagem.
As rampas firmementes dispostas
Escotilhas de concreto, contra um céu azul
Miragens...
Na dormência da tarde,
Mastros e velas, em sensual serenidade.
Distante, um fino colar
A orla
No perfil resignado da cidade,
Talvez Iberê ainda não tivesse acordado
Poderia só estar deitado,
Repousando entre suas telas aveludadas e sóbrias
O que faz nas madrugadas? nem Deus sabe...
Mas deve passear aflito em meio a carretéis
E suas inquietantes bicicletas...
B a t