Para Iberê

Vi as paredes do museu

Eram cortinas brancas desenhadas na paisagem.

As rampas firmementes dispostas

Escotilhas de concreto, contra um céu azul

Miragens...

Na dormência da tarde,

Mastros e velas, em sensual serenidade.

Distante, um fino colar

A orla

No perfil resignado da cidade,

Talvez Iberê ainda não tivesse acordado

Poderia só estar deitado,

Repousando entre suas telas aveludadas e sóbrias

O que faz nas madrugadas? nem Deus sabe...

Mas deve passear aflito em meio a carretéis

E suas inquietantes bicicletas...

B a t

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 18/08/2018
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