Fernando em Pessoa
Se busca algo simplista,
Recomendar-lhe-ei o artista,
Não simplório, nada corriqueiro,
Ler-se-á Alberto Caeiro.
Se flerta com a serenidade,
Coexista com erudita sagacidade,
Tom epicurista, teor renascentista: Eis!
Falar-se-á do latinista Ricardo Reis.
Se tem ares de convicto pessimista,
Contradição individual, ode logo à vista!
Homem que floresce em tediosos tempos,
Encantar-se-á com Álvaro de Campos.
Contudo, se não aprecia antônimos,
Consolar-se-á com transmorfos heterônimos,
Lirismo não comedido, mas unido, ressoa,
É o plectro da pena de uma só pessoa.
imagem-google
Se busca algo simplista,
Recomendar-lhe-ei o artista,
Não simplório, nada corriqueiro,
Ler-se-á Alberto Caeiro.
Se flerta com a serenidade,
Coexista com erudita sagacidade,
Tom epicurista, teor renascentista: Eis!
Falar-se-á do latinista Ricardo Reis.
Se tem ares de convicto pessimista,
Contradição individual, ode logo à vista!
Homem que floresce em tediosos tempos,
Encantar-se-á com Álvaro de Campos.
Contudo, se não aprecia antônimos,
Consolar-se-á com transmorfos heterônimos,
Lirismo não comedido, mas unido, ressoa,
É o plectro da pena de uma só pessoa.
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