MEU FILHO

Saí da ilha
ao ver o rosto de meu filho,
ele, pequenino,
em meus braços lassos.
Percebi que não podia
viver só para mim.
Abri meus braços
e acolhi a vida
que sorria.

E passei a sorrir
de uma outra forma,
um sorriso mais pleno.
E a chorar às vezes
pela dor do outro,
esse outro
que é tanto de mim.

Eu te amo, meu filho,
pois me fazes seguir
pela vida
com mais vida
para sentir.

(David, hoje, faz dez anos de idade...)