Anônima
Triste ao sentir-te sem inspiração...
Sem a cor e o aroma das flores do teu jardim,
sem o fervor que te queima as mãos quando escreves...
Acostumei-me a sorver-te, como borboleta delicada a colher,
anônima
o mais delicioso néctar que dos teus poemas extravasa.
Não importa quem são as musas do que escreves!
Importa que escrevas e eu sinta o cheiro da terra revolvida
por tua paixão pela vida e pelo amor...
Por que quero sentir-te poeta e homem
a ofertar tua pulsão a quem quiser deleitar-se com ela...
Não é esta a magia do poeta?
Volte a escrever com a loucura do que te vai na alma,
com a ânsia desmedida que te consome a mente,
com o amor que se derrama nas águas revoltas das cachoeiras e seus saltos
e purifica tudo o que te rodeia
e dorme, enquanto te inspiras e...voltas a escrever!
........................................................................................
Para o poeta que havia ensaiado uma despedida, mas voltou atrás, retirou-a e tornou a escrever seus belos e inspirados poemas...A poeta e, acredito, o RL, agradecem!