POETA DOS LOUCOS

Pela madrugada

Ecoa meu grito rouco!

Uns me confundem com um louco,

Outros apenas me ignoram.

Eu, bebo, alucinado, transloucado,

Recito versos por onde passo.

Canto, danço...

Desvairado sigo pelas ruas,

Pouco a pouco, passo a passo.

Ouço assim falarem:

Eis o Poeto dos loucos,

Pobre alma, pobre coitado!

Dedicado a Almir Guineto.