SUDÃO

Por Andrade Jorge

O sol que ilumina o dia da humanidade

parece não ilumina aquele rincão,

O negrume da noite

confunde com a pele preta,

irmãos sem esperança

olhares perdidos, sonho esfacelado,

face esquálida,

carne maltratada, esfomeada;

A mãe carrega seu rebento

em agonia,

chora a impotência

peito murcho,

sem a seiva da vida,

vida seca ...

Sudão chão cujo pecado é viver...

“Deus olhai por eles!”

Porque o diabo há muito se apossou

São poderosos contabilistas do ouro e prata,

que sugam, matam...

Sudão!

que ninguém olha, ninguém vê...

21/05/17

ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 24/04/2018
Reeditado em 17/05/2020
Código do texto: T6317924
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