Vozão
Mememo, oh o meu aí,
Vozão!
Sinto falta de ouvir
Todas as manhãs,
O seu bocejar…
Era como se estivesse
Espantando a preguiça
Da noite, e dando o grito
Alegre de bom dia…
Para nós seus netos
Era um aviso que,
Mais um belo dia
Começou ao seu lado!
Vozão…
Sua charrete laranjada!
Por onde passou
Deixou saudade!
Seu corpo esguio
Sempre muito bem alinhado,
Sua marca era o chapéu
Marrom que escondia
A careca…
Oh o meu aí, o seu bordão…
Sua vida?
Se tornou um legado
Para seus netos!
Este poema é uma homenagem ao meu avô, Valentim Campagnoli...