PÁGINA EM BRANCO
Uma página em branco,
sem nenhum verso, nenhuma palavra, nenhuma letra sequer.
Confesso minha total incapacidade para descrever a tua beleza, mulher.
Comparar-te ao Sol,
à Lua,
às Estrelas,
a mais linda Flor do Campo...
ou a tantas outras belezas,
seria ser repetitivo, seria copiar.
E, mesmo assim, muita coisa iria faltar.
Sou um poeta abnegado,
um desafiador.
Desafio a mim mesmo;
tudo em nome do amor.
Mas, neste caso, eu me entrego.
Sei que nenhuma poesia estará a tua altura.
Nenhum verso estará completo.
Sendo assim, tentar te poetizar, eu me nego.
Então, ao invés de falar de ti,
falo apenas de mim.
E deixo a tua página em branco.
Posto que tu já resides no meu âmago
e a tua beleza também.
Jeronimo L. Madureira
03/01/2018.