A Última Partida
Robusto pássaro de aço
Num imprevisto fatal
Torna-se frágil e traiçoeiro
Rasgando o tempo e o espaço
Num bailar estúpido e grosseiro
Interrompe a tenra vida
Dos seus jovens passageiros
São atletas sonhadores
Jornalistas promissores
E queridos companheiros
Na bagagem levam sonhos
Lembranças, saudades, promessas
Que na queda despedaçam
Abalando o mundo inteiro
Numa partida sem volta
Saem de campo os guerreiros
Lá no céu fazem bonito
O seu jogo derradeiro
Obs: Escrevi esta poesia por ocasião do acidente com a Chapecoense, e achei por bem publicá-la, uma vez que faz um ano do ocorrido.