Na boca do canhão

Tibira nas águas

No pé do Maranhão

Tibira lançado

Preso no canhão

Tibira amava

Seu gosto por homens

Um índio bom

Tibira rezava

A seu Deus e Tupã

Tibira era caboclo forte

Não temia Jurupari

Tibira foi condenado

Não tinha mais como fugir

Tibira com seus pés atados

Era hora de partir

Tibira caía em pedaços

No mar, no pé do Maranhão

Tibira era um índio, hoje é santo.

Lançado pelo canhão.

Rosa de Almeida
Enviado por Rosa de Almeida em 18/09/2017
Código do texto: T6117772
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