PÁSSARO FERIDO

Ergue pássaro ferido
Recolhe as penas que caem
Aproveite as que ficam
Pois as que vão com o tempo
Ou sofrimento
Permanecem no vento das lembranças
Mesmo quando partem
Ora voltam.
 
Pluma foi sua graça
Encantador seu canto
Poderá novamente curar prantos
Quando olhos lacrimejantes fitarem seu eu galante
Lembrando-se da mocidade onde tudo é brilhante
Tal como tu perfazia numa tarde
Não só um simples em paisagem
Mas quem a completava com sua imagem.

No som da cachoeira ao beijar Rio
Trepadeira que beira donde encanta
Esquina das Carpas vida que passa
Menina no sol no natural bronzeia
Ficam nesta esteira
Em complemento onde seu talento reina.

Ergue pássaro ferido
Sempre existirá lua cheia
Dominando estrelas que a rodeia
Que te cheia de vida a espera de seu canto
O belo elo apaziguador que brilha.

Antonio C Almeida